quinta-feira, fevereiro 11, 2010

Reflexos

Não que seja as vezes, não tão somente só quanto o simples fato de simplismente existir.
Como uma dor que serve de alerta ou como um remédio que nos distrai da dor enquanto somos consumidos internamente.
Apenas sem reclamar, pra que fique exposto o "sem sentir". A capacidade de perceber é apenas do próprio "si", ou quem consegue entender. Não basta apenas ter o mesmo sentimento, passar pela mesma dor ou aclamar para sentir pelo menos pavor.
Reflexos de um espelho, de uma mente, ou da imaginação que reflete alguém que não se reconhece, não conhece o próprio pavor, a própria imagem e não percebe a própria dor.
Não se dá por necessário, enxergar nos próprios olhos os quais dizem palavras que apenas o reflexo consegue entender, o único que entende, é o próprio espelho. Não o reflexo da alma, não a reflexão de maior valor.
Portanto, por isso, por tudo isso, a indecisão maior de ver a própria imagem refletida aonde não há reflexo, faz ganhar-se a capacidade de ter o direito de ao menos se enganar, todas as vezes possível, para que apenas quem vai poder dizer a sí próprio o quão desprezível é o sentimento não alcançado, talvez tenha muito mais valor.
O que parece ser infinitamente inatingível, parece ser remotamente igualável. Sem precisar lutar, apenas sofrer no lacre de um espelho que não é capaz de refletir com precisão os reflexos da imaginação.

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