quinta-feira, junho 27, 2013

10° Desafrio Urubici 2013



No dia que ficamos na Pousada em Urubici, já deu pra prever que durante a corrida seria um dia bem frio e com muito vento. Com tanto vento que inclusive não consegui dormir.
Na manhã do dia da corrida, acordamos as 5h, muito, muito frio e muito vento, tanto vento que não daria pra soltar pipa, nem se ela tivesse estirante duplo e peso na rabiola. Detalhe, a pousada estava sem luz. Pelo menos tinha uma bela lareira no meio da sala, já tocamos fogo e iniciamos os preparativos para o café. Logo em seguida fomos para a igreja de Urubici, aquela famosa igreja grande e avermelhada que pode-se enxergar até do espaço (leia-se google maps).

Surpreendentemente, não estava tão frio quanto eu esperava, mesmo assim, saí de casa com DUAS calças de lycra e duas blusas, duas meias também. (Como se o tênis já não fosse apertado o suficiente). Mais a luva e touca e mochila de hidratação com bastante água e alguns sachês de gel.
Dada a largada, partimos para as primeiras centenas de metros pelo asfalto antes de começar o trajeto em estrada de chão batido, logo nos primeiros minutos eu já percebi que ia me incomodar com o tênis que era apertado demais.

Chegado no trajeto não asfaltado, me senti um pouco mais confortável, mas já sentindo o peso de estar com duas calças legging. Notei ali que a corrida não ia ser nada boa, primeiro que meus treinos já haviam sido condenados pela falta de descanso no dia anterior à prova e também na quinta-feira. Porém, o percurso é fantástico. Muita gente animada e bem equipada. Haviam poucos malucos correndo de roupa curta, tinha até um que estava só de calçãozinho de tarado e a camiseta regata (inclusive foi um dos que chegaram bem na frente). 

No decorrer da corrida, muitas travessias de riacho, muitas subidas de trilha. Em um determinado momento, tive que parar e tirar a roupa sobressalente. Tirei uma calça, a camiseta que estava por baixo, as luvas e a touca. Agora sim, estava mais leve, pensei então em tentar encontrar meu velo ritmo de corrida, mas não... o Tênis! Sim, o tênis, comprei um Adidas Kanadia Tr 5 Número 40. Eu calço número 40, mas não tive o cuidado de provar em alguma loja antes pois comprei direto do site da Adidas mas ele era muito apertado,  e eu não conseguia correr direito com esse tênis. Então, meu treino já tinha ido pras cucuias devido a falta de descanso. Meus dedos do pé... eu me sentia como se fosse um personagem de Maurício de Souza (sem dedos do pé). 

Os primeiros 20km foram assim, subindo trilhas muito pesadas e íngremes que era impossível subir correndo, é o tipo de corrida que eu gosto, mas estava decepcionado devido minhas restrições supracitadas. Tive que parar diversas vezes. Chegando na cascata Véu de Noiva, meu irmão (Jules) já estava lá me esperando com outro tênis, meu Sprint. Daí sim, tirei o tênis o qual eu estava usando, calcei o sprint, sem meias (que é feito pra ser usado sem meias pois não tem costuras internas), senti aquela sensação de alívio, pois dali em diante os próximos 7km seriam no asfalto. Deixei a mochila com meu irmão e me livrei de toda a tralha que estava fazendo peso e já pensei, "agora vou socar a bota".

Mas tinha aquele detalhe dos 2 dias sem dormir, é como se eu não tivesse treinado nada. Enfim, ali no posto de hidratação, tinha, além de água e suco, coca-cola e paçoca! Isso, paçoca! Melhor reabastecimento que já fiz em alguma prova. 

Peguei o asfalto e comecei a correr, mas já fiquei cansado, lembrei da minha falta de descanso, então tive que fazer o resto na "marchinha". Desse momento em diante, encontrei um corredor da Floripa Runners o Giuliano Santos, e ofereci água que eu estava carregando, dali pra frente fomos juntos até o final e fizemos mais uma amizade de corrida. 

Quanto mais subia, mais frio ia ficando, e eu comecei a lembrar das minhas luvas que estavam na mochila.  Enfim, chegando lá no posto de troca, meu irmão já estava esperando para que ele pudesse descer "tranquilamente". Entreguei a tornozeleira pra ele e ele desceu sem freio igual um cavalo doido. Ele fez o sétimo melhor tempo. 

Lá no encima, onde tem a famigerada pedra furada, estava muito frio, sensação térmica abaixo de zero, não sei que temperatura estava, mas pelo menos tinha "sopa pa nóis" e novamente paçoca! A corrida teve outro significado pra mim por causa dessas paçocas! Por falar em tempo, vamos aos resultados:


Nossa dupla, Griss Brothers, acabou portanto ficando em 29° no geral e 15° na categoria (Dupla Masculina). Subi em 3:23:02 e o Jules desceu em 1:54:17. Total de 5:17:19, dando um pace de 6:06. Minha expectativa era subir em 2h40m mais ou menos. No próximo Desafrio, estarei atento a esses erros. Bem descansado, correr com o tênis correto e sem tanta roupa! Vamos ver o que dá. Agora estou pronto para correr os 42km do Mountain Do no próximo sábado, já adquiri um tênis mais apropriado e vou pra fazer o que não consegui fazer no Desafrio!

quarta-feira, março 13, 2013

Sorriso de sol

Naquela noite escura de lua estranha
teu sorriso iluminando o quarto
quarto escuro que então brilhou com calma.
Somos parecidos mas pensamos diferente
Quando estou contigo, me sinto mais perto de mim mesmo
penso até que sou gente.
Não sou perfeito, acho até que tenho mais defeitos
do que quem mais tinha defeitos.
Mas esse é meu jeito, minha vida
estou bem assim, não preciso mais mudar
pois tem só uma pessoa que eu quero agradar.
Já tentei, já pensei e ainda achei que eu tinha conseguido ser diferente.
Se preciso for, cometerei os mesmos erros, corro pra trás.
Não me preocupo, não me desespero
e agora nem quero mais saber no que vai dar.




terça-feira, maio 17, 2011

olhares

A maior decepção é a falta de naturalidade
fácil mesmo é falar, fácil é sonhar
e na hora de praticar?
O que fazes para organizar teu mundo?
O lapso da dor, sem crime, apenas a cena
Os votos da discordia, só servem para acelerar a gangrena.
Bom então seria viver iludindo e morrer iludido.
pelo menos, sorrindo.

quinta-feira, fevereiro 10, 2011

quarta-feira, fevereiro 09, 2011

Louco é quem diz

Teu aroma se espalha pelos 10 cantos.
tua loucura faz eu pensar nos encantos
hoje eu acordei meio sustenido
quando dei por mim, a noite já tinha ido
então, fui dormir meio bemol
acordei igual a um sabiá, enrolado no lençol
das viagens mais longas, uma tralha me prolonga
uma nota doce e amadeirada das tuas mais agridoces canções
sem sentido, mas sempre o estampido ecoa na imensidão
dos mares de um lunático pensamento,
o que será que aconteceu há três verões?

terça-feira, janeiro 18, 2011

Colecionador de Nuvens

Vendo sonhos e ilusões
Troco por mentiras e contradições
coleciono desespero
Ando acompanhado de quem me entrega à seus próprios segredos
Sou colecionador de sonhos, mentiras e desesperos
Que se formam como nuvens e somem antes mesmo de um próximo devaneio
Se for para guardar, que seja em cativeiro
Minha paixão é maior, não cabe em qualquer boeiro.
São sonhos, são plantas, terra e nuvens que não querem se desfazer
Já as guardei dentro de uma ideia
Que sempre some em um mundo cheio de rodeios.